Doncovim oncotô proncovô

terça-feira, 8 de junho de 2010

Momento de reflexão profunda

Já virou um  hábito  eu  postar antes da pesagem. É bom  porque faço  uma análise de como  me comportei  durante a semana,  e especialmente no  fim  de semana,  sempre perigoso.
Bom,  essa semana, depois  da jacada do  fim de semana passado,  resolvi  entrar na linha direitinho. Eu não  percebo  um  aumento  direto na minha fome  e vontade de comer doce relacionadas à TPM,  mas percebo  que  fico  mais irritadiça, deprimida,  e isso  são  coisas que podem  detonar um  impulso  de jacada,  então  todo  cuidado  é pouco.  Além  disso, estou numa daquelas fases  da vida em  quer a nuvem  negra  pousou em  cima da minha cabeça  e fica durante um tempo,   e esse é um  tempo  bem difícil. Muitas  transformações  ocorrendo  interna e externamente. Perda de entes queridos,  problemas de saúde  de pessoas próximas, desordem  afetiva,  indefinição  profissional. Tudo  isso  pesando  contra  uma enorme necessidade interna de melhorar minha imagem  e auto-estima,  através da perda de peso  e melhora da condição  física. Afinal,  um  dos poucos prazeres  que poderiam  me aliviar um  pouco  seria a comida,  e estou me privando  de coisas que  gosto  muito. Além disso,  estou  tendo  que lutar contra o  impulso  de aliviar a dor com  comida,  que muitas vezes é  mais  forte  do  que a vontade de emagrecer. Eu  leio  muito  os blogs de vocês,  companheiras, e me identifico  com  cada sentimento de fracasso  depois de um  descontrole  emocional.  Eu compreendo  perfeitamente   e sei  que não  é  fraqueza,  corpo  mole,  falta de força de vontade.  Realmente é  muito  difícil  manter o  foco  na alimentação,  quando o  mundo  está desmoronando  à nossa volta.
O que me  motiva ?  A certeza que ISSO TAMBÉM PASSA.  Não  há mal  que sempre dure,  nem  bem  ne nunca se acabe,  já dizia o  velho  ditado. Assim  como  a felicidade é um  estado  transitório,  a tristeza também  o  é.   Eu  poderia  aproveitar esse momento  de dor  e  jogar dieta, malhação, tudo  pro  alto,  e me entregar à dor. Mas eu  penso: O prazer momentâneo  da comida vai  me dar algum  alívio ? Talvez alguns minutos,  apenas. Eu largar a academia  e ficar em  casa me lamuriando  e num  sentimento  destrutivo  vai  mudar alguma coisa ? Não.
Mas a academia e a reeducação alimentar vão. Estou  botando  a casa em  ordem. Meu  corpo  é minha morada,  e pretendo  ficar nele ainda por um  tempo,  até que  Deus  ou  o  destino  resolvam que devo  partir  pra outra. Enquanto  isso  eu  tenho  que cuidar  dele  o  melhor  possível.   Açúcar e gordura saturada s
ão bons? São. Cocaína,  Heroína,  Álcool  também  são,  para os viciados,  e acabam  com o  corpo,  o  espírito  e o  caráter.  O  grande mal  da era moderna é  a alimentação,  está cada vez mais provado  que a obesidade e doenças relacionadas à alimentação  são  as que mais matam. E eu  quero  chegar  os  60  anos  com  qualidade de vida.  No  momento,  a falta desse tipo  de comida  muitas vezes  soa como  privação,  porque na verdade ela representa alívio  à dor,  assim  como  as drogas. Porém  esse alívio  é  momentâneo,  e só  gera mais  dor,  que precisa de cada vez mais  alívio,  até  um  final  desatroso.  O  que um  obeso  desses de noticiários,  com  mais  de 200  quilos,  difere de um  viciado  em  drogas, em  degradação  corporal  e emocional ?   A  comida  destrutiva  é a nossa droga institucionalizada. Eu  sei  que  um  dia vou  ter uma relação  saudável  com  a comida. O  açúcar  já não  me seduz tanto  como  há um  tempo. Claro  que eu  vou  ter que sempre  controlar, pois  assim como  os viciados  têm  que se manter atentos a cada  dia, um  compulsivo  sempre pode recair sem perceber. Eu pretendo  renunciar sim  ao  açúcar e à gordura  saturada. São  prazeres ilusórios,  que não me trazem  nada de bom.  Eu quero  o  prazer verdadeiro,  perene,   do  bem estar  físico,  dos alimentos saudáveis,  do  gosto  bom  das frutas,  dos legumes frescos,  dos grãos. Eu  quero  o  corpo  enxuto,  saudável ,  ágil, não porque é  o ideal  de  beleza  da era moderna,  mas porque é  o  fruto  de um  hábito  alimentar  e  de atividade saudáveis.
Acho  que no  meio  desse turbilhão  que está passando  na minha vida,  estou  tendo  uma  lucidez que me faz seguir em  frente  na reeducação.  Eu não  posso  mudar  o  que está acontecendo,  eu  não  posso  fazer as pessoas pensarem  diferente,  não  posso  curar  a doença,  não  posso  trazer meu amigo  morto  de volta. Mas eu  posso  sim  cuidar de mim, porque um  dia tudo  isso vai  passar,  mas eu  vou  ficar. E  dias melhores  virão. E eu  quero  estar inteira,  saudável  e feliz comigo  mesma para poder desfrutar desses dias com plenitude.
Desejo  do  fundo  do  coração  que  todos que estão  lendo  isso consigam  manter a serenidade em  suas vidas, e consigam  passar  pelas recaídas  e momentos  de desespero,  tendo  essa mesma certeza. ISSO TAMBÉM PASSA. Uma ótima semana a todos.

O Beijo,  de Rodin. Dois  lindos corpos num  dos momentos de amor mais belos retratados por  um  artista.

4 comentários:

  1. Passagem rápida no seu blog para desejar um ótimo fim de semana!!!! bjus!!!

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  2. Amiga, vc esta certa, pode ficar tranquila que PASSA MESMO. Ja ja a nuvem negra se esquece de vc :-) Beijos

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  3. Oie..vim agradecer a visita e gostei muito do seu blog..vc é bem divertida e escreve moito...rs...eu vi que tem varios blogs..fiquei pensando essa gosta...é bom ter esses momentos de reflexoes e é bom ver que esta passando por esse momento com serenidade..Deus te ajudara a vencer a dor e como vc mesma disse descontar na comida nao adianta nada né...e as pessoas nao morrem, elas permancem vivas em nossos coracoes eternamente e as coisas que elas passaram ficam e isso importa né...quanto aos problemas..eles sempre serão uma boa desculpa para fugirmos, mesmo sabendo que nao é certo..estamos aqui pra aprender né..mas fico feliz de ver que esta conseguindo com exito esse aprendizado..bjinhus

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  4. Oi, Lu

    Valeu pela mensagem no blógue. Achei meio que o texto corrido mas foi sincero.
    Ví vocês na missa, mas preferi sair antes. Sei lá.

    Grande abraço, beijo e até mais (e que não seja numa missa!)

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